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quarta-feira, 26 de novembro de 2008

S.Martinho

____________________S.Martinho____________________

Qual era o significado do S.Martinho?

O Outono readquire, por um momento, o calor e a serenidade dos bons dias do fruto sazonante. E, como o Baco, S. Martinho funciona como um símbolo anímico do regresso à juventude.
Na verdade, o significado principal do S. Martinho encontra-se nas suas relações com o vinho. “Tradicionalmente, é neste dia que se inaugura o vinho novo, que este se prova e se atestam as pipas. De acordo com a nossa velha legislação municipal, era mesmo proibido, em muitas partes, vender o vinho novo antes de 11 de Novembro, sob pena de multa”.
S. Martinho era celebrado em todas as zonas vinícolas do nosso país, as mais das vezes através de uma cerimónia (bizarra) designada por “Procissões de Bêbados”.
Tratava-se de uma paródia aos cortejos religiosos, organizada por uma Irmandade – Ordem ou Confraria – cuja hierarquia incluía os maiores bêbados da terra: o maior bêbado era o Juiz, Mordomo ou Presidente, e a seguir vinham o Secretário, o Tesoureiro e os Vogais.

Como era a vida de S.Martinho?

São Martinho nasceu no ano de 316, na Sabária da Panónia (Hungria). Seu pai era oficial do Exército Romano.
Aos 12 anos, contrariando a vontade dos pais, tornou-se cristão. Entretanto, o pai contrapôs-se terminantemente a essa decisão do filho, alistando-o no Exército Romano. Aconteceu, nessa época, o famoso episódio da manta de guarda imperial: ao ver um mendigo tiritando de frio, corta ao meio a sua manta e oferece-lhe uma parte. À noite sonhou e viu Jesus envolto naquele pedaço de manta, dizendo: "Martinho, ainda não baptizado, deu-me este vestuário".
Abandonou, então, o Exército e fez-se baptizar por Santo Hilário de Poitiers. Entregou-se à vida de eremita, fundando um mosteiro em Ligugé, França, onde vivia sob a orientação de Santo Hilário. Ordenado sacerdote, foi mais tarde aclamado bispo de Tours (371).
Tornou-se um grande evangelizador da França, verdadeiramente pastor, fundando mosteiros, instruindo o clero, defendendo a causa dos oprimidos e deserdados deste mundo. Morreu no ano de 397.

Como era a lenda de S.Martinho?

Martinho era um valente soldado romano que estava a regressar da Itália para a sua terra. Montado no seu cavalo estava a passar num caminho para atravessar uma serra muito alta, chamada Alpes, e, lá no alto, fazia muito, muito frio, vento e mau tempo. Martinho estava agasalhado normalmente para a época: tinha uma capa vermelha, que os soldados romanos normalmente usavam.
De repente, aparece-lhe um homem muito pobre, vestido de roupas já velhas e rotas, cheio de frio que lhe pediu esmola. Infelizmente, Martinho não tinha nada para lhe dar. Então, pegou na espada, levantou-a e deu um golpe na sua capa. Cortou-a ao meio e deu metade ao pobre.
Nesse momento, de repente, as nuvens e o mau tempo desapareceram. Parecia que era Verão!
Foi como uma recompensa de Deus a Martinho por ele ter sido bom.
É por isso que todos os anos, nesta altura do ano, mesmo sendo Outono, durante cerca de três dias o tempo fica melhor e mais quente: é o Verão de São Martinho.

Alguns provérbios do dia de S.Martinho:

_Dia de S.Martinho, lume, castanhas e vinho.

_Pelo S.Martinho, prova o vinho, ao cabo de um na já não te faz dano.

_Pelo S.Martinho vai à adega e prova o vinho.

_Pelo S.Martinho, mata o teu porco e bebe o teu vinho.

_Se queres pasmar o teu vizinho, lavra, sacha e esterca p´lo S.martinho.

_Pelo S.Martinho semeia favas e linho.

_Pelo S.Martinho nem nado nem cabacinho.

_A cada bacorinho vem o seu S.Martinho.

_Em dia de S.Martinho atesta e abatoca o teu vinho.

_Martinho bebe o vinho, deixa a água para o moinho.

_No dia de S.Martinho, fura o teu pipinho.

_No dia de S.Martinho, come-se castanhas e bebe-se vinho.

_No dia de S.Martinho, mata o porquinho, abre o pipinho, põe-te mal com o teu vizinho.

_No dia de S.Martinho mata o porco, chega-te ao lume, assa castanhas e prova o teu vinho.

_No dia de S.Martinho abatoca o pipinho.


Como se comemora o S.Martinho?

O Dia de S. Martinho comemora-se a 11 de Novembro.Neste dia, no nosso país, assam-se as castanhas e prova-se o vinho novo.A tradição manda que o dia de S. Martinho se festeje com castanhas, água-pé (para os mais crescidos), uma fogueira para saltar (quem quiser) e bom convívio.

Como era o magusto?

É a festa em que se assam as castanhas (que se recolhem nesta altura) e se convive. Tem a ver com o momento em que, depois das vindimas, nos meses de Setembro e Outubro, o vinho está pronto e se prova.

Como é que a castanha nasceu?

A castanha é um fruto que vem de uma árvore: o castanheiro. Um conjunto de castanheiros chama-se souto. No norte de Portugal é que os castanheiros se dão melhor, e é de
lá que vêm as castanhas para vender no País todo.A castanha está na árvore protegida por uma bola cheia de picos que se chama "ouriço".Quando chega o Outono, o ouriço abre e deixa cair a castanha no chão. Antes de a batata chegar à Europa e se espalhar por todo o lado (séc. XVII), a castanha era a base da alimentação, especialmente no campo.Pode cozer-se, assar-se, fazer-se em puré, fazer-se sopa com ela, doce, etc.

Como é que era o dia de S.Martinho?

No calendário litúrgico, o dia de S. Martinho celebra-se a 11 de Novembro, data em que este Santo, falecido dois ou três dias antes em Candes, no ano de 397, foi a enterrar em Tours, França..Hoje em dia, não sendo o uso do missal tão frequente, nem todos os crentes católicos se lembrarão de ver, nos dias festivos do ano, o que se diz relativamente ao dia 11 de Novembro e ao seu Santo: «São Martinho é o primeiro dos Santos não Mártires, o primeiro Confessor, que subiu aos altares do Ocidente (...) A sua festa era de guarda e favorecida frequentemente pelos dias de “verão de S. Martinho”, rivalizando, na exuberância da alegria popular, com a festa de S. João.» (in Missal de Dom Gaspar Lefebvre)
Com efeito, S. Martinho foi, durante toda a Idade Média e até uma época recente, o santo mais popular de França. O seu túmulo, abrigado desde o séc. V por uma
Basílica (sucessivamente destruída e reconstruída) em Tours, era o maior centro de peregrinação de toda a Europa Ocidental. A sua generosidade e humildade, aliadas a uma enorme fama de milagreiro fizeram dele um dos santos mais queridos da população. E ainda hoje o seu espírito de partilha é fonte de inspiração.
São Martinho é santo patrono dos alfaiates, dos cavaleiros, dos pedintes, dos restauradores (hotéis, pensões, restaurantes), dos produtores de vinho e dos alcoólicos reformados, dos soldados... dos cavalos, dos gansos, e orago de uma série infindável de localidades de Beli Benastir, na Croácia, a Buenos Aires, na Argentina (fonte Catholic Community Forum) passando, evidentemente, por numerosíssimos sítios de Norte a Sul de Portugal.
O facto de o seu dia coincidir com a época do ano em que se celebra o culto dos antepassados e com a altura do calendário rural em que terminam os trabalhos agrícolas e se começa a usufruir das colheitas (do vinho, dos frutos, dos animais) leva a que a festa deste Santo tenha toda a componente de exuberância que actualmente tende a prevalecer.

Assim, em Portugal, o
dia de S. Martinho é invocado nas cerimónias religiosas dos locais de culto, e o seu espírito de solidariedade lembrado, quanto mais não seja, através do relato do episódio em que partilhou a sua capa com um pobre; mas de resto, e por todo o lado, as pessoas andam ocupadas nas actividades mencionadas nos provérbios sobre este dia: assam-se castanhas, prova-se o vinho...
Acerca do assunto, escreve o conceituado etnólogo
Ernesto Veiga de Oliveira (1910-1990) o seguinte: «O S. Martinho, como o dia de Todos os Santos, é também uma ocasião de magustos, o que parece relacioná-lo originariamente com o culto dos mortos (como as celebrações de Todos os Santos e Fiéis Defuntos). Mas ele é hoje sobretudo a festa do vinho, a data em que se inaugura o vinho novo, se atestam as pipas, celebrada em muitas partes com procissões de bêbados de licenciosidade autorizada, parodiando cortejos religiosos em versão báquica, que entram nas adegas, bebem e brincam livremente e são a glorificação das figuras destacadas da bebedice local constituída em burlescas irmandades. Por vezes uma dos homens, outra das mulheres, em alguns casos a celebração fracciona-se em dois dias: o de S. Martinho para os homens e o de Santa Bebiana para as mulheres (Beira Baixa). As pessoas dão aos festeiros. Vinho e castanhas. O S. Martinho é também ocasião de matança de porco.» (in As Festas. Passeio pelo calendário, Fundação Calouste Gulbenkian, 1987)
______________FIM!______________

____________________________Trabalho elaborado por:
_______________________________Ana Sofia Costa
_______________________________Diana Patrícia Pereira


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Dia da Mãe!

As celebrações do Dia da Mãe remontam às comemorações primaveris da Grécia Antiga, em honra de Rhea, mulher de Cronos e Mãe dos Deuses. Em Roma, as festas comemorativas do Dia da Mãe eram dedicadas a Cybele, a Mãe dos Deuses romanos, e as cerimónias a homenageavam tiveram inicio por volta de 250 anos antes do nascimento de Cristo.

Em Portugal, até há alguns anos atrás, o dia da mãe era comemorado a 8 de Dezembro, mas actualmente é no 1º Domingo de Maio, em homenagem a Maria, Mãe de Cristo.



Um dia, o Amor estendeu as mãos
para o nada e abriu o espaço...

Um dia, o Amor estendeu as mãos
para o homem e abriu-se o encontro...


Um dia, o Amor se tornou
vida de tua vida e eu existi...

Mãe, o céu sem confins revela-me teu amor...
A vastidão do mar fala-me da tua bondade...
As altas montanhas refletem teu heroísmo...
A profundeza dos vales espelha tua humildade...
A beleza das flores traduz teu caminho...

Tudo isso encerras dentro de teu grande coração...
E silenciosa, serena, sorrindo,
continuas labutando no cotidiano da vida.

Um dia, o Amor se tornou
vida de tua vida e eu existi.

Obrigado, Mãe!